1.

Confiar 100% em uma única nuvem concentra risco operacional e financeiro. Falhas acontecem — e, quando acontecem, paralisam processos críticos (ERP, e-commerce, logística, financeiro) e geram perdas de receita, multas e desgaste de marca. Ter opções de continuidade fora do mesmo provedor é o que separa interrupções rápidas de crises prolongadas.

2.

Os SLAs das nuvens públicas geralmente oferecem créditos de serviço, não indenização por perdas.

Na prática, esses créditos costumam cobrir uma fração mínima do prejuízo — muitas vezes nem 5% do impacto total (receita perdida, horas improdutivas, contratos, reputação). Estratégia de resiliência é o seguro real contra indisponibilidade e ataques.

3.

Alta disponibilidade (HA) reduz falhas locais, mas continuidade de negócios requer ir além:

• RTO (tempo para voltar ao ar) em minutos, não horas.
• RPO (quanto de dado você aceita perder) em segundos, não dias.
• Planos e runbooks testados para falhas parciais e totais.

4.

Planos que não são testados não funcionam sob pressão. Inclua:

• Testes de failover trimestrais (parciais e totais).
• Exercícios tabletop com times técnico, jurídico e negócios.
• Métricas de prontidão: tempo de decisão, execução do runbook, sucesso de restauração.

5.

Ransomware e ataques exigem camadas combinadas:

• Prevenção: microsegmentação, MFA, hardening, gestão de vulnerabilidades.
• Detecção e resposta: EDR/XDR, SIEM/SOAR, SOC 24×7.
• Recuperação: backups imutáveis (WORM), retenção por políticas, testes de restauração frequentes.

6.

• Criptografia at-rest e in-flight com gestão segura de chaves.
• Imutabilidade por período para evitar exclusão/criptografia de backups.
• Validação de integridade (análise comportamental das cópias) antes do restore.
• Retenção por camadas (operacional, tática e regulatória) para compliance.